Hardware
🧩 A jiga de teste é o ponto de contato físico entre o DUT (Device Under Test) e o bancada de teste. A escolha do tipo de jiga — manual, pneumática ou motorizada — impacta diretamente a produtividade, segurança, ergonomia e repetibilidade dos testes na linha.

A jiga de teste é o ponto de contato físico entre o DUT (Device Under Test) e o bancada de teste. A escolha do tipo de jiga — manual, pneumática ou motorizada — impacta diretamente a produtividade, segurança, ergonomia e repetibilidade dos testes na linha.

A jiga ideal é aquela que equilibra robustez, custo e eficiência para o seu volume de produção.


🔧 1. Jiga Manual

Características:

  • Ativação por força do operador (fecho por alavanca ou pressão manual)
  • Sem consumo de ar comprimido ou energia elétrica
  • Recomendado para baixa cadência (até 20 un/h) ou aplicações de protótipos

Vantagens:

  • Custo mais baixo
  • Fácil manutenção
  • Boa para operações simples ou com baixo volume

Desvantagens:

  • Menor repetibilidade de força e posição
  • Maior esforço físico do operador
  • Menor ergonomia e risco de fadiga

🔩 2. Jiga Pneumática

Características:

  • Fechamento por atuador pneumático (cilindro de ar)
  • Controle via botão, pedal ou sinal do sistema de teste
  • Ideal para média (20-50 un/h) ou alta cadência (acima de 50 un/h)

Vantagens:

  • Rápida e ergonômica (sem esforço manual)
  • Força de pressão constante → melhor repetibilidade
  • Pode ser integrada com sistemas de segurança (NR-12)

Desvantagens:

  • Requer ar comprimido filtrado
  • Mais complexa que a manual (válvulas, sensores, atuadores)

⚙️ 3. Jiga Motorizada (Elétrica)

Características:

  • Utiliza atuadores elétricos (stepper, servo ou lineares)
  • Controle por CLP, Arduino, LabVIEW ou sistema do testador
  • Ideal para linhas altamente automatizadas ou customizadas

Vantagens:

Desvantagens:

  • Maior custo de implementação
  • Requer programação e controle eletrônico mais avançado

⚖️ Atenção à ergonomia: NR-17

Ao optar por um jiga manual, é fundamental considerar os limites de esforço e repetitividade impostos pela NR-17 (Norma Regulamentadora de Ergonomia). A norma estabelece que o posto de trabalho deve evitar esforços excessivos, posturas forçadas e ciclos repetitivos sem pausas adequadas. Quando o número de unidades por hora ultrapassa 20 peças por operador, recomenda-se fortemente a adoção de jigas pneumáticos ou motorizados, visando reduzir o risco de LER/DORT e garantir conformidade legal.


🛠️ Como a AJOLLY Testing auxilia na escolha

A AJOLLY Testing projeta jigas sob medida, considerando:

  • Volume de produção (cadência por hora)
  • Tipo e delicadeza do DUT
  • Requisitos de segurança (NR-12, uso de acionamento com 2 mãos, sensores de posição, proteções e enclausuramento)
  • Requisitos de ergonomia (NR-17, evitar esforço excessivo, posturas forçadas, ciclos repetitivos curtos, e facilitar a operação com conforto e segurança)
  • Integração com o banco de teste (hardware + software)
  • Custo-benefício e ROI do tipo de jiga para o seu cenário

Exemplo de aplicação:

Para uma linha com 1.500 peças/dia, a AJOLLY projetou uma jiga pneumática com sensor de ciclo, trava de segurança e controle via TestStand.


✅ Resumo comparativo

Tipo de JigaVolume IdealErgonomiaRepetibilidadeComplexidadeRecomendação
ManualBaixo (até 20 un/h)BaixaMédiaBaixaProtótipos e pequenas séries
PneumáticaMédio (20-50 un/h)
Alto (acima de 50 un/h)
AltaAltaMédiaLinhas de produção com operador fixo
MotorizadaAlto/Automat. (acima de 50 un/h)Muito altaMuito altaAltaLinhas automáticas ou DUTs sensíveis

Jiga não é só mecânica — é ergonomia, repetibilidade e segurança integradas ao seu processo.